terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Degustação Italiana entre amigos

Nada como teminar o ano com uma noite de degustação com meus amigos do meu prédio. Passamos o ano confraternizando, comendo e bebendo as especialidades de cada um morador. Todos somos especiais, diferentes e semelhantes, pois uma coisa nos une: gostar de boa comida, bons vinhos, cervejas, puro maltes, cachaças....tudo em menu degustação.

E também tivemos motivos nascimentos, batizados, casamentos, primeiras eucaristias, final de semestre escolar,  novos vizinhos chegando, muitos aniversários, muitos RO's, sem contar as datas que todo ser comum comemora. Penso que se contar os dias que não confraternizamos restaria apenas um mês.
Hoje teremos um menu degustação, feito por cada chef do prédio, cada um levará a sua especialidade italiana e a bebida para a harmonização, mas hamonizado mesmo é o nosso grupo!
Para o menu  encarrego-me de Rondelli de Carne do Sol ao molho Funghi ,  hamonizado com o espumante nacional Rio Sol (Vale do São Francisco).
Esperamos então as 10 opções para a comemorar a última terça-feira de 2011.
Buen apetito!

sábado, 21 de maio de 2011

Em terra de vinho, cuidado com o que fala - Vinho Madeira

Bem, falar muito tem suas vantagens, mas tem muito mais desvantagem.
Um amigo sempre me lembra um ditado das terras dele: " Quem fala demais dá bom dia a cavalo" e ele por vezes tem razão.
A pouco tempo fui com duas orientandas para um congresso em Funchal, Ilha da Madeira. Lugar lindo, gente bonita, clima gostoso (A ilha da Madeira é de origem vulcânica, o seu clima é subtropical com extensa flora exótica, economicamente é amplamente voltada para o turismo. Fonte: Wikpédia)
Então primeira noite em Funchal, saimos da abertura do congresso e pensamos, vamos jantar  e beber um vinho? ótima idéia fomos a um restaurante tipicamente português, chamado Cá Te Espero (demoramos 15 minutos para entender o nome quando a recepcionista do hotel nos indicou).
Comida ótima, vinho adequado e chegou a grande hora: sobremesa!!!. Claro que também chegou o grande furo, pedi um vinho do Porto e o garçom muito rapidamente quenstionou: Vocês estão na ilha da Madeira e querem tomar um vinho do porto? kkkkkkk Parece nada!? você não viram a cara dele.





Então o que é o Vinho Madeira?

O vinho da Madeira é um vinho fortificado, com elevado teor alcoólico, produzido nas encostas e adegas da Ilha da Madeira.
A maioria da produção, 90%, é no geral submetido à estufagem. O efeito benéfico do calor no envelhecimento dos vinhos é um método conhecido desde a antiguidade.
A produção de Vinho Madeira feita a partir da casta Tinta Negra Mole representa cerca de 90% do total, sendo os restantes 10%, o Sercial, o Verdelho, o Boal e o Malvasia, destinados a vinhos finos, em geral destinados ao envelhecimento em canteiro (envelhecimento natural em casco sem recurso à estufa), e mais tarde comercializados por melhores preços. O Sercial que terá de ser seco, o Verdelho meio seco, o Boal meio doce e o Malvasia doce, quando comercializados com o designativo da casta, têm de corresponder ao conteúdo, ou seja são monovarietais.
A  graduação alcoólica  varia de 17 a 22 % em volume, e apresenta um teor de açúcar compreendido entre 0 e cerca de 150 gramas por litro. Este açúcar residual é o resultado da interrupção da fermentação alcoólica, por adição de álcool vínico com o mínimo de 96,0 %, em momentos diferentes da fermentação alcoólica, consoante se necessite de vinhos secos ou doces.
O copo ideal para Vinho Madeira deverá ter uma copa mais aberta junto ao pé, tornando-se mais fechada no topo. Só assim o vinho terá maior espaço para demonstrar o seu bouquet e concentrar na abertura do copo os seus aromas mais complexos e ricos. O copo deve estar cheio até um terço.
A temperatura de serviço para o Vinho da Madeira é um elemento muito importante. A uma temperatura elevada apenas se revelam os aromas provenientes do álcool e nem todos os aromas característicos do vinho são revelados. De uma maneira geral, as temperaturas de serviço mais apropriadas dependem principalmente do seu grau de doçura, idade e da casta ou das castas que lhe deram origem. Geralmente recomenda-se servir a uma temperatura entre os 13 e o 14º para os vinhos mais novos enquanto os vinhos mais velhos, dada a sua maior complexidade, deverão ser servidos a uma temperatura que varie entre os 15°C e o 16°C.
(fonte: http://www.vinhomadeira.pt/IVBAM-8.aspx)




Vale do São Francisco - O Velho Chico recebe uma admiradora

Há muito tempo, muito tempo mesmo pensava em conhecer o Velho Chico e suas belezas.
Sonho de infância (junto com outras opções ligadas à história, músicas e depois de adulta aos vinhos).
Oportunidade que apareceu por dois motivos, primeiro por estar morando no Nordeste (agradeço todos os dias minha migração) e por ter sido convidada para  dar uma Conferência num Congresso em Petrolina/Juazeiro (música), divididas pelo Velho Chico (geografia, história e música).
Conferência dada , fomos para as vinícolas da Região.
Com o clima tropical semiárido da região, que apresenta até 300 dias de sol e baixa precipitação de chuva. Este clima permite que colheita pelo menos 2 vezes ao ano. As videiras na região tem um tempo de repouso diminuido em relação à outras regiões do Brasil. O solo é rico em mineral e pobre em material orgânico. Os vinhedos são irrigados pelo sistema de gotejamento, similar ao utilizado em outras regiões do mundo. 
Pude observar as várias etapas do ciclo vegetativo da videira num mesmo dia. Um algumas áreas haviam trabalhadores fazendo a poda, em outras lindas videiras em floração. degustamos bagos maduros e em outra estavam fazendo a vindima. Foi um dia para ver todas as etapas da elaboração do vinho. Incrível a experiência para uma verdadeira apaixonada por vinho.
No final de tudo a degustação com os colegas. Maravilhoso!
O Velho Chico, sem palavras para descrever seu acolhimento, grandiosidade e carinho. Sentirei saudade deste gigante do semiárido brasileiro.







sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Eu gosto de Carménerè

Nessas andanças e conversas enófilas, sempre escuto as preferências de uvas. O gosto não se descute, já diziam no ditado popular! Realmente, as preferências são devidas há várias situações, gostos, percepções, histórias de vida, entre outros. Por isso não discuto, e prefiro várias.
Hoje venho falar da Carménerè, que parece comigo, sumiu por um tempo na vida terrestre e pelo vinho foi descoberta novamente viva e poderosa.
Vamos lá!!!!


O que me faz gostar do seu sabor
Os vinhos produzidos com a Carménère possuem cor vermelho-lilás, apresenta aromas de frutas vermelhas (muitas vezes a cereja está destacada, de acordo com o produtor), terra, umidade e especiarias (por vezes picante) com notas vegetais que vão se suavizando na medida em que a uva amadurece na própria planta (Carmenere devem ser colhidos tardiamente, se não o vinho exala herbáceas desagradáveis "verdes" e aromas que os aficionados rejeitam). Os taninos são mais amigáveis (permitem o consumo no início, embora o vinho envelheça bem) e suaves que os do Cabernet Sauvignon. Notas vegetais tornam-no porém menos elegante que um Merlot. Faz um vinho de corpo médio, fácil de beber e que deve beber-se jovem.

Origem
Uma das variedades mais antigas da Europa, Carménère penssa-se ser a antecedente de outras variedades mais conhecidas. A uva Carménère tem origens no Médoc região de Bordeaux, França e também foi amplamente plantadas no Graves.É quase impossível encontrar vinhos Carménère na França de hoje, pois uma praga de Phylloxera (inseto diminuto que afecta as folhas e a raiz sugando a seiva das plantas) em 1867 destruiu quase todas as vinhas da Europa , que atinge as videiras Carménère em tal particular, que por muitos anos, a uva foi presumida como extinta.

A Redescoberta
Levada por engano aos vales vinícolas chilenos, foi redescoberta em 1994 no Chile por um ampelógrafo francês, chamado Jean-Michel Boursiquot, que notou que algumas cepas de Merlot demoravam a maturar. Os resultados de estudos realizados concluíram que se tratava na realidade da antiga variedade de Bordeaux Carménère, cultivada inadvertidamente, misturada com pés de Merlot.
A Carménère se adaptou ao clima agradável e aos solos férteis obtendo êxito ao ponto de ser considerada uma das uvas mais importantes do Chile por sua qualidade e sabor excepcional. É no Vale do Colchagua onde está seu maior cultivo, que se mantém restrito ao Chile devido à fragilidade da cepa, que sobrevive graças ao bom clima e solo, mas sobretudo, ao isolamento físico e geográfico criado por barreiras naturais como o Oceano Pacífico, o Deserto do Atacama, a Cordilheira dos Andes e as águas frias do provenientes do Polo Sul, que protegem essa região de pragas.

Novas conquistas

Agora começa a fazer ondas também na Califórnia onde ecléticos produtores, como o Guenoc, estão misturando Carmenere da região de Bordeaux como Merlot, Cabernet Franc, Cabernet Sauvignon e Petit Verdot como parte de misturas tradicionais Meritage.

sábado, 4 de setembro de 2010

Vinho Villa Francioni Joaquim - 2006



Neste retorno rápido ao meu estado natal, escolhi degustar os vinhos catarinenses, que estão merecendo destaque nacional e internacional.
Minha única ressalva ainda é o custo dos vinhos catarinenses, que são bons, e acabam concorrendo com vinhos importados de semelhante faixa.


Produtor – Villa Francioni, Santa Catarina, sub-região de São Joaquim no planalto Catarinense.

Cabernet Sauvignon (50%) e Merlot (50%), provenientes de vinhedos localizados em Bom Retiro, SC. Estagia cerca de 10 meses de barrica de carvalho Francês.Teor de álcool – 13.6º.


Vermelho rubi intenso, com reflexos violáceos. Aromas de frutas frescas, amoras, ameixas,senti cereja e um pouco de baunilha além de especiarias. Bom corpo, aveludado com um inicio de boca agradável,bons taninos, boa acidez, equilibrado, harmônico e com boa persistêcia no final da boca.

Dicas para harmonização:Carne grelhada com batata rústica e salteados com queijo parmesano (Tourinho's)
Schiaccina (massa de pizza muito fina assada no forno a lenha, com alho, parmesão alecrim e sal grosso - Cantina di Bernardi)

Brincadeiras a parte , indica um bom caminho para a serra catarinense. O estado de Santa Catarina produz muita coisa boa....(como eu também)

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Conhecedor de vinhos!!!!

Recebi do meu amigo sommelier Daisson. Conheço muitos enochatos, mas nunca vi neste extremo.kkkkk

sábado, 10 de julho de 2010

Nederburg Twenty10 Cabernet Sauvignon (África do Sul)



Nedergburg é a vinícola líder e mais condecorada da África do Sul, vencedora de mais prêmios internacionais e nacionais do que qualquer outra vinícola sul africana.
A Nederburg é responsável pelo vinho da Copa do Mundo da África do Sul 2010.
www.nederburg.co.za

Notas de degustação:

Vermelho rubi com reflexos rubi. Aromas de frutas escuras (cassis e amora) e violetas, com notas de baunilha, couro e chocolate amargo. Na boca é seco, encorpado, boa acidez taninos finos e bem integrados, final bem equilibrado, com longa persistência e retro-olfato de frutas, especiarias e tabaco.

Harmonização: Pratos mais estruturados como strogonoff, ensopados, carne assada e queijos maduros.

Achei o vinho razoável, não me deixou animada, logo não tem maiores atrativos. Bom para tomar no dia a dia, com uma entrecote grelhado.